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sábado, 1 de dezembro de 2012

LINHA DO TEMPO - ARTE MODERNA

 


 


 


 


RENASCIMENTO 
 



RENASCIMENTO – do Século XIV (14) ao início do Século XVI (16) 

A arte do Renascimento queria ser como a grega e a romana. Os artistas do Renascimento estavam interessados na arte antiga, não na arte da Idade Média (medieval). A arte medieval não ligava para o mundo como ele era, porque tratava exclusivamente de Deus, dos santos e das coisas do céu. No Renascimento, isso mudou. A arte continuou falando de Deus e dos santos, mas o cenário agora era o mundo como ele é, em três dimensões, altura, largura e profundidade. Os artistas do Renascimento até inventaram um modo de fazer a superfície plana de uma pintura parecer ter profundidade. Eles chamaram esse método de “Perspectiva Central”. Com a Perspectiva Central, as figuras mais próximas são maiores e as mais distantes, menores. Não é assim que vemos as coisas nesse mundo? 


RENASCIMENTO 
 
RENASCIMENTO I 
1 – PIERO DELLA FRANCESCA – CIDADE – 1470 
2 – ESTUDO DE PERSPECTIVA ATRIBUÍDO A MASACCIO – SÉCULO XV 
3 – PIERO DELLA FRANCESCA – FLAGELACA – 1455 


RENASCIMENTO 
 
RENASCIMENTO II 
1 – LEONARDO DA VINCI – MONA LISA – 1507 
2 – LEONARDO DA VINCI – CAVALOS – 1505 
3 – LEONARDO DA VINCI – HOMEM VITRUVIANO – 1490 
4 – LEONARDO DA VINCI – PLANTAS – 1507 
5 – MICHELANGELO – DAVI – 1504 
6 – MICHELANGELO – DAVI – DETALHE 
7 – MICHELANGELO – TETO DA CAPELA SISTINA – 1508 




BARROCO 
 


BARROCO (do final do Século VI (16) à metade do Século XVIII (18)) 

A arte do Renascimento é clara, as figuras são desenhadas contra o fundo e pode se perceber a linha do desenho em torno delas. A arte renascentista expressa uma certeza. O Barroco, por sua vez, expressa uma dúvida. A Reforma Protestante havia dividido a cristandade no século anterior (16) e as Repúblicas Italianas tinham entrado em decadência devido à tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos (mulçumanos), no século XV (15). Sem o seu lucrativo comércio com o Oriente, a Itália foi perdendo terreno para Portugal e Espanha primeiro, depois para os Países Baixos (Holanda, Flandres...) e para a França. Ninguém tinha mais certeza do futuro e isso se reflete na arte como uma obscuridade. As figuras não são mais desenhadas claramente e seus contornos se diluem em um jogo de luzes que ficou conhecido como “claro-escuro”. 


BARROCO 
 
BARROCO 
1 - CARAVAGGIO – O BANQUETE DE EMAÚS – 1602 
2 – REMBRANDT – A CEIA DE EMAÚS – 1648 
3 – REMBRANDT – AUTO-RETRATO – 1661 
4 – VELAZQUEZ – AS MENINAS – 1657 
5 – RUBENS – SIMÃO O FARISEU – 1618 




NEOCLASSICISMO - ROMANTISMO - REALISMO 
 


NEOCLASSICISMO (final do Século XVIII (18)) 

No final do século XVIII (18), na França, as pessoas (a “burguesia” e as “classes populares”) estavam revoltadas contra a Monarquia Absolutista e a Igreja. Iniciava-se um processo longo de mudanças e de reviravoltas políticas que ficou conhecido como “Revolução Francesa”. Ao longo desse processo, o rei e a rainha tiveram suas cabeças cortadas e a fase final da Revolução assistiu à subida ao poder de Napoleão Bonaparte, o general que se tornou imperador. A arte desse período queria acabar com a obscuridade do Barroco e reafirmar a clareza e o equilíbrio do Renascimento. Os motivos e as certezas eram outros, mas a arte neoclássica fez retornar aquele desenho bem definido do Renascimento, como se quisesse afastar qualquer dúvida sobre o seu futuro. 


NEOCLASSICISMO 
 
NEOCLASSICISMO 
1 – DAVID – O JURAMENTO DOS HORÁCIOS – 1784 
2 – DAVID – A MORTE DE MARAT – 1793 
3 – DAVID – AS SABINAS – 1799 – DETALHE 
4 – INGRES – O TRONO DE NAPOLEÃO – 1806 
5 – INGRES – A BANHISTA DE VALPINÇON – 1808 
6 – INGRES - A CONDESSA DE HAUSSONVILLE – 1845 





ROMANTISMO (do final do Século VIII (18) ao início do Século XIX (19)) 

A Revolução Francesa aconteceu porque a França e o mundo inteiro eram personagens de uma revolução ainda maior: a Revolução Industrial. O mundo se modernizava rapidamente, a navegação a vela era substituída pelos navios movidos a vapor, as carroças eram substituídas por trens, a velocidade tornava-se uma coisa muito importante; enquanto isso, na França, nada se mexia sem que o rei aprovasse. Ao invés de progresso e modernidade, os franceses tinham uma nobreza empoada. O lema da Revolução Francesa poderia ter sido: “-Ninguém merece...”. Os revolucionários franceses escolheram outro, ainda melhor: “Liberdade, Igualdade e Fraternidade” – nada mal, concordam? O Romantismo é esse desejo por grandes coisas, grandes ideais. À medida que as máquinas da Revolução Industrial ocupavam mais espaço na vida de todos, o romantismo expressava esse tempo acelerado. Como tudo agora se move muito rapidamente, os contornos das figuras não são muito nítidos, como em uma fotografia fora de foco. 


ROMANTISMO 
 
ROMANTISMO 
1 – DELACROIX – A BARCA DE DANTE – 1822 
2 – DELACROIX – O MASSACRE DE SCIO – 1824 
3 – GÉRICAULT – A BALSA DA MEDUSA – 1819 
4 – TURNER – A TEMERÁRIA – 1838 
5 – CASPAR FRIEDRICH – O VIAJANTE SOBRE O MAR DE NÉVOA – 1818 




REALISMO (meados do Século XIX (19)) 

Depois das certezas da arte neoclássica e dos grandes ideais do romantismo, a arte “caiu na real”. As certezas mostraram-se incertas e os ideais pareceram sonhos inúteis diante da realidade. Não demorou muito tempo para que todo mundo percebesse que a modernidade e o progresso não traziam necessariamente a igualdade, a fraternidade e a liberdade. Pelo contrário, a Revolução Industrial trouxe miséria e exploração para a imensa maioria das pessoas. A arte realista está interessada em mostrar essa realidade dos pobres, dos operários, dos camponeses, ou a vida menos sofrida dos burgueses das cidades. Os realistas também pintavam paisagens. 


REALISMO 
 
REALISMO 
1 – COURBET – ENTERRO EM ORNANS – 1846 
2 – COURBET – MAR TEMPESTUOSO – 1869 
3 – COROT – A PONTE DE NANTES – S.D. 
4 – COROT – MULHER COM PÉROLA – S.D. 
5 – MILLET – A CAMINHO DO TRABALHO – S.D. 
6 – MILLET – CAMPONESES – S.D. 





MODERNISMO 
 

IMPRESSIONISMO (segunda metade do século XIX (19)) 

O impressionismo é uma espécie de mistura do modo de pintar acelerado dos românticos com os temas do realismo. As figuras não têm nenhum contorno. É um tipo de pintura que faz a gente ver as coisas não pela linha de um desenho e sim pela vibração da cor. São pequenas manchas coloridas que só formam o “desenho” quando observadas de longe, no seu conjunto. Os impressionistas usaram essa maneira de pintar “desfocada” dos românticos para pintar a vida moderna, o tema o dos realistas: a vida na cidade, os cafés, as avenidas, a vida no campo, a paisagem. 


IMPRESSIONISMO 
 
IMPRESSIONISMO I 
1 – MANET – A GAROTA DO BAR – 1882 
2 – DEGAS – AS PASSADEIRAS – 1884 
3 – DEGAS – O EXAME DE DANÇA – S.D. 
4 – MONET – BARCOS – S.D. 
5 – MONET – PAISAGEM – S.D. 


IMPRESSIONISMO 
 
IMPRESSIONISMO II 
1 – CÉZANNE – OS JOGADORES DE CARTAS – 1890 
2 – CÉZANNE – CAMPONÊS SENTADO – 1896 
3 – GAUGUIN – AREAREA – 1896 
4 – VAN GOGH – CIPRESTE COM ESTRELAS – 1889 
5 – TOULOUSE LAUTREC – DIVAN JAPONÊS – S.D. 
6 – TOULOUSE LAUTREC – NO MOULIN ROUGE – 1892 





PÓS-IMPRESSIONISMO (fim do Século XIX (19) e primeiras décadas do Século XX (20)) 

A invenção da fotografia liberou os artistas para pensarem outra função para a linha, outro uso para o desenho. O desenho dos loucos, dos “povos primitivos”, das crianças, passou a servir de fonte de inspiração. A cor, que vivia presa aos limites do desenho naturalista, também se libera dessa obrigação e passa a pensar em si mesma como uma realidade autônoma. Um amarelo é um amarelo e não a cor da laranja. Se o artista quiser, pinta a laranja de roxo. 


PÓS-IMPRESSIONISMO 
 
PÓS-IMPRESSIONISMO I 
1 – DERAIN – CASAS DO PARLAMENTO À NOITE – 1906 
2 – DERAIN – MONTANHAS EM COLLIOURE – 1905 
3 – DUFY – JANELA ABERTA EM NICE – 1928 
4 – MARQUET – CARTAZES EM TROUVILLE – 1906 
5 – MATISSE – ÍCARO – 1947 
6 – MATISSE – A BLUSA AZUL – 1936 


PÓS-IMPRESSIONISMO 
 
PÓS-IMPRESSIONISMO II 
1 – KIRCHNER – AUTO-RETRATO COM MODELO – 1910 
2 – KIRCHNER – A VISITA – 1922 
3 – KIRCHNER – GAROTAS DO PANAMA – 1910 
4 – KANDINSKY – MONTANHA AZUL – 1909 
5 – KANDINSKY – IMPROVISAÇÃO – 1913 
6 – PAUL KLEE – JARDINS DO TEMPLO – 1920 





CUBISMO (primeiras décadas do século XX (20)) 

Depois do impressionismo a velocidade das transformações se acelerou ainda mais. A vida se transformava rapidamente e invenções como a fotografia, o cinema, o telégrafo, o telefone, a luz elétrica, o automóvel e o avião se sucederam sem dar tempo de tomar fôlego. As fábricas tornavam-se parte da paisagem, assim como os operários que nelas trabalhavam e os produtos que produziam. Até o cubismo, o espectador – eu, você, todo mundo que olha para uma pintura – tinha uma ilusão de profundidade ao olhar para um quadro devido à Perspectiva Central. O cubismo fez uma pergunta: -será que é assim mesmo que vemos? Será que o nosso cérebro não percebe os objetos por vários pontos de vista ao mesmo tempo? E fazia outra: -será que uma superfície plana como a tela de uma pintura deve mesmo parecer profunda? O cubismo, a partir dessas perguntas, abriu (“decompôs”) as figuras, isto é, fez o que tinha volume se tornar plano e mostrou todos os lados da figura ao mesmo tempo. É mais fácil de entender isso vendo. 


CUBISMO 
 
CUBISMO 
1 – BRAQUE – PORTO – 1909 
2 – BRAQUE – JOGO DE CARTAS – 1910 
3 – BRAQUE – GAROTA COM CRUZ – 1911 
4 – PICASSO – ARLEQUIM – 1915 
5 – PICASSO – GUITARRA – 1912 
6 – PICASSO – NATUREZA MORTA – 1922 





ABSTRACIONISMO (das primeiras décadas do Século XX até hoje) 

A palavra “abstrato”, para a pintura, significa o contrário de “figurativo”, isto é, uma pintura que contenha figuras (qualquer figura) é “figurativa” e uma pintura sem figuras é chamada de “abstrata”. Houve duas grandes correntes de pintura abstrata no Século XX (20): uma delas tem ligação com um movimento pós-impressionista conhecido como “Expressionismo” e se baseava na cor e na liberdade do desenho, por isso ficou conhecida como “Abstracionismo Informal”. A outra corrente abstrata teve origem no cubismo e se baseava na geometria, por isso ficou conhecida como “Abstracionismo Geométrico”. Dessa corrente fazem parte o construtivismo, o concretismo e parte da pintura americana dos anos sessenta. 


ABSTRACIONISMO 
 
ABSTRACIONISMO I 
1 – POLLOCK – SEM TÍTULO – 1955 
2 – DE KOONING – EXCAVATION – 1950 
3 – ROTHKO – SEM TÍTULO – 1968 


ABSTRACIONISMO 
 
ABSTRACIONISMO II 
1 – MALEVICH – CONSTRUÇÃO SUPREMATISTA – 1910 
2 – FRANK STELLA – SUYAMAN VARIATION II – 1969 
3 – MONDRIAN – BRODWAY BOOGY WOOGY – 1942 
4 – MONDRIAN – COMPOSIÇÃO – 1922 
5 – BARNETT NEWMAN – VOICE OF FIRE – 1967 

http://www.artemarcferrez.blogger.com.br ACESSO EM 01/12/12

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