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segunda-feira, 4 de julho de 2011

INVERNO

O tempo está fresco e por vezes cinzento, é o Inverno. Por esta altura a natureza muda de figura. Das quatro estações, talvez o Inverno seja a mais cantada e falada em versos e prosas... Há algo de romântico, afrodisíaco solto no ar... Não é por um acaso que se comemora o Dia dos Namorados no mês de junho...

Com dias mais curtos, noites mais longas, o inverno por ser a estação mais fria do ano, faz com que nesse período a natureza revista-se de um novo cenário. Um cenário próprio para a semeadura. E ali, procuraremos, como semeadores das palavras que somos, escolher os melhores grãos para serem cultivados por almas, por corações sedentos por uma palavra de conforto, de amor. É a época de pensar em nossos objetivos para o novo ciclo a ser apresentado, conforme a experiência adquirida.

Um cenário completamente mágico, como um convite para sonhar, para vivenciar o amor em toda sua plenitude. Com luzes nos mais variados tons produzidas pelo Sol, em nuances especiais, ele é criado para estimular aos poetas a escrever poesias belíssimas para seus leitores.

Realmente há um quê de encanto e magia com a chegada do frio... E em todo inverno acontece sempre a mesma coisa... Principalmente quando ele resolve aparecer de verdade. Quando a onda de frio chega, afugenta as pessoas das ruas e o gostoso é poder curtir a casa, o sofá, a cama..., com ou sem companhia. Programas noturnos como idas a bares ou restaurantes, só se forem muito importantes ou compromissos pra lá de assumidos. Cinema, teatro torna-se mais interessante e aconchegante, mas apenas se a companhia e o tema forem muito mais...

O céu fica mais lindo, mais azul. Porém existe uma neblina fria pela manhã, antes do sol sair, que para muitos poetas significa o mistério. Seus crepúsculos róseos se tornam um convite para construção de rimas, versos livres, liberando emoções.

Ficar quietinhos, bem juntinhos, se possível próximo a uma lareira, é tudo que um casal apaixonado quer... As cidades nas montanhas, nas serras se preparam durante todo ano para a recepção dos casais enamorados. No inverno, apagamos as luzes, usamos candelabros e namoramos mais... Tudo se torna um convite ao amor...

Os pássaros e os insetos estão quietos e as árvores, despem-se de suas folhas que desde o outono principiaram amarelecer e a cair. O silêncio é um convite à reflexão, na descoberta do por que da vida.

No inverno, Deus cobre a Terra de neve (em alguns Países) para proteger e descansar o seu interior. E ela dá um toque especial, convidando a todos os poetas a uma viagem etérea.

Tudo que existe, foi criado e protegido por Deus, para a felicidade da criatura humana.

Quando ele chega, é como se o mundo vegetal refletisse a imagem da purificação, mediante a qual Deus remove as imperfeições da vida de seus filhos. É o momento para avaliarmos os objetivos existentes e atingidos ou não. De tudo que se foi proposto, certamente haverá metas que não foram alcançadas. Na verdade não devemos encarar como um fracasso, pois sempre se aprende com a experiência. Sabemos sim que este é o momento de se investigar quais são as causas que tem nos impedido de alcançarmos o êxito. E uma vez descobertos os obstáculos que nos impedem, devemos elaborar um plano para superá-los e avançar, desta maneira, até um êxito final.

Quando os raios do sol diminuem sua intensidade ao cair da tarde é o momento de nos prepararmos para mais um dia.

É o momento de se ter fé e esperança de que tudo irá melhorar se tivermos uma atitude interior correta, se amarmos e sermos solidários. E é ai que a poesia entra com sua força total. Como ânimo, como acalanto, como um tônico revigorante nos proporcionando a força, o estopim necessário para reacender os sentimentos adormecidos que se encontram dentro de nós.

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