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segunda-feira, 2 de abril de 2012

RENASCIMENTO


Transfiguração - Rafael

Na Renascença a pintura é enriquecida de novo processo técnico – o processo a óleo, mais prático do que os processos conhecidos dos afrescos, têmpera e encáustica.


O homem da Renascença já é um homem moderno, de espírito racionalista e mentalidade científica. Enquanto a ciência da Idade Média era a Teologia, isso é, o estudo e o conhecimento de Deus, a ciência da Renascença era o Humanismo, o estudo e o conhecimento do homem.


As diferenças entre o homem medieval e o homem renascentista contrastam bem em duas figuras humanas – São Francisco de Assis e Leonardo da Vinci. Ambos se aproximam e se distanciam, a um só tempo, pelo mesmo amor – o dos pássaros. Enquanto São Francisco amava- os misticamente, Leonardo observava-lhes o vôo e estudava a possibilidade de construir a máquina que permitisse ao homem de voar.


A pintura renascentista caracteriza-se pela aplicação de leis matemáticas e princípios geométricos na composição; vemos isso na ‘Ceia’ de Leonardo e na ‘Transfiguração’ de Rafael. Pelo realismo visual e pelo reaparecimento da representação do espaço e do volume, através da perspectiva científica e o claro-escuro, ignorados desde a antiguidade.


Embora representando temas religiosos a pintura renascentista não é mística, simbólica nem deformadora, mas realista e de inspiração realista e profana.


As teorias artísticas renascentistas fundaram-se no conhecimento e estudo das obras da antiguidade clássica greco-romana que na época começaram a ser descobertas e admiradas pela iniciativa de príncipes e papas protetores das artes.


Enquanto os italianos e latinos buscam a beleza da forma, sendo mais visuais e plásticos, os renascentistas nórdicos, alemães e flamengos, acentuam a beleza do caráter, sendo mais subjetivos.

Escola de Atenas , 1509-1511 / por Rafael


 

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