Mosaico: Imperador Justiniano e sua corte / Igreja San Vitale, Ravena
- Tais Luso de Carvalho
Nos primeiros séculos depois da oficialização do cristianismo, essa primitiva pintura cristã dividiu-se em dois grandes ramos:
um oriental, outro ocidental.
O ramo Oriental é a Bizantina.
A arte Bizantina surgiu na cidade de Bizâncio, depois de Constantinopla, hoje Istambul - na época capital do Império Romano do Oriente, Bizâncio. Expressa-se, sobretudo, na técnica dos majestosos e cintilantes murais de mosaicos, feitos de pequenos cubos de pedra ou artificiais, embutidos na parede com argamassa; e nos ícones, quadros religiosos pintados à tempera ou encáustica, com incrustações de pedras preciosas, metais valiosos e matérias raras.
Também posta a serviço da religião, a pintura bizantina obedece à lei da Frontalidade, sob formas diferentes da egípcia. Desse modo é também uma arte dirigida. Na execução dos mosaicos, afrescos, ou ícones os artistas obedeciam a verdadeiros formulários prescritos pelos padres e aprovados nos Concílios, pois a pintura tinha por principal finalidade a propagação das verdades da fé e da História Sagrada, entre as populações iletradas da Idade Média.
Seu ponto máximo foi a arquitetura, cuja características são:
- Uso de mármore em abundância.
- Decoração utilizando a flora e fauna como motivos principais.
- Torres com minaretes.
- Uso de arcadas sobre colunas e cúpulas pendentes.
- Uso do arco romano e do arco ogival ao mesmo tempo.
São desse período, entre outras, as seguintes obras arquitetônicas:
- Basílica de São Marcos, em Veneza.
- Basílica da Natividade, em Belém
- Igreja de Santa Sofia, em Constantinopla
- Igreja de Santa Sofia, Rússia
Na pintura as principais características são:
- Ausência de perspectiva e de volume
- Figuras sacras ou de imperadores
- Figuras alongadas, magras, pés, mãos e cabeça pequenos
- As figuras são todas do mesmo tamanho, destacando-se algumas, apenas.
- Ausência de paisagem ao fundo
- Uso de ícones e das iluminuras
- Predomínio do mosaico
- Uso do azul, vermelho e muito dourado.
A pintura Bizantina se desenvolve por mil anos, por todo o Império Bizâncio, destruído pelos turcos em 1453.
O ramo Ocidental é a pintura Românica.
É uma pintura sobrecarregada de expressão pela intervenção de fortes sentimentos religiosos e, por isso mesmo, bastante deformadora das imagens visuais, rudimentar de técnica, muitas vezes ingênua e de inspiração popular. Desconhece a perspectiva, o claro e o escuro, não representado a ilusão de espaço e de volume.
Destinava-se a traduzir sentimentos e distinguia-se pela vivacidade das cores. Sua técnica mais constante era a do mural afresco, no interior das pesadas igrejas românicas. Esta pintura evoluiu a partir do ano de 1200 para novas técnicas que iriam constituir a pintura gótica.
http://taislc.blogspot.com.br/2008/09/bizantinos-romnicos.html ACESSO EM 13/09/12
- Tais Luso de Carvalho
Nos primeiros séculos depois da oficialização do cristianismo, essa primitiva pintura cristã dividiu-se em dois grandes ramos:
um oriental, outro ocidental.
O ramo Oriental é a Bizantina.
A arte Bizantina surgiu na cidade de Bizâncio, depois de Constantinopla, hoje Istambul - na época capital do Império Romano do Oriente, Bizâncio. Expressa-se, sobretudo, na técnica dos majestosos e cintilantes murais de mosaicos, feitos de pequenos cubos de pedra ou artificiais, embutidos na parede com argamassa; e nos ícones, quadros religiosos pintados à tempera ou encáustica, com incrustações de pedras preciosas, metais valiosos e matérias raras.
Também posta a serviço da religião, a pintura bizantina obedece à lei da Frontalidade, sob formas diferentes da egípcia. Desse modo é também uma arte dirigida. Na execução dos mosaicos, afrescos, ou ícones os artistas obedeciam a verdadeiros formulários prescritos pelos padres e aprovados nos Concílios, pois a pintura tinha por principal finalidade a propagação das verdades da fé e da História Sagrada, entre as populações iletradas da Idade Média.
Seu ponto máximo foi a arquitetura, cuja características são:
- Uso de mármore em abundância.
- Decoração utilizando a flora e fauna como motivos principais.
- Torres com minaretes.
- Uso de arcadas sobre colunas e cúpulas pendentes.
- Uso do arco romano e do arco ogival ao mesmo tempo.
São desse período, entre outras, as seguintes obras arquitetônicas:
- Basílica de São Marcos, em Veneza.
- Igreja de Santa Sofia, em Constantinopla
- Igreja de Santa Sofia, Rússia
Basílica de São Marcos / Veneza |
Na pintura as principais características são:
- Ausência de perspectiva e de volume
- Figuras alongadas, magras, pés, mãos e cabeça pequenos
- As figuras são todas do mesmo tamanho, destacando-se algumas, apenas.
- Ausência de paisagem ao fundo
- Uso de ícones e das iluminuras
- Predomínio do mosaico
- Uso do azul, vermelho e muito dourado.
A pintura Bizantina se desenvolve por mil anos, por todo o Império Bizâncio, destruído pelos turcos em 1453.
O ramo Ocidental é a pintura Românica.
É uma pintura sobrecarregada de expressão pela intervenção de fortes sentimentos religiosos e, por isso mesmo, bastante deformadora das imagens visuais, rudimentar de técnica, muitas vezes ingênua e de inspiração popular. Desconhece a perspectiva, o claro e o escuro, não representado a ilusão de espaço e de volume.
Destinava-se a traduzir sentimentos e distinguia-se pela vivacidade das cores. Sua técnica mais constante era a do mural afresco, no interior das pesadas igrejas românicas. Esta pintura evoluiu a partir do ano de 1200 para novas técnicas que iriam constituir a pintura gótica.
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